Dive alerta para aumento de acidentes com animais peçonhentos

Durante o verão o número de acidentes com animais peçonhentos aumenta, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Isso porque o aumento da temperatura favorece a reprodução destes animais. Por isso, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC) orienta a população em relação à prevenção de acidentes.

“Com o verão é muito importante intensificarmos os cuidados de prevenção com os acidentes com animais peçonhentos. Neste período de calor, a população desses animais aumenta, fazendo com que toda a população tenha um risco maior de sofrer acidentes. Os cuidados simples ajudam a reduzir o risco, como: manter o ambientes livres de entulhos, de objetos que possam albergar ou esconder esses animais", alerta o médico Fábio Gaudenzi de Faria, superintendente de Vigilância em Saúde.

Além disso, em regiões onde há registro de enchentes também há mais riscos desses acidentes acontecerem. “Nesse caso, os animais são obrigados a deixar seus habitats em busca de um novo local e acabam se refugiando, muitas vezes, dentro das casas”, finaliza o médico.

Em Santa Catarina, na temporada de verão de 2023 (entre os meses de dezembro de 2022 a março de 2023), foram notificados 3689 acidentes por animais peçonhentos, o que representa 46% do total notificado durante o ano todo. Desse total, 67% foram causados por aranhas; seguidos pelos acidentes por abelhas (9%), serpentes 7,4%), escorpiões (6,5%) e por lagartas (5,7%). No ano de 2023, o estado registrou 8040 acidentes até dia 18 de dezembro.

No caso de picadas ou mordeduras, a vítima deve procurar atendimento médico no serviço de saúde mais próximo nas primeiras horas após a ocorrência. A referência para atendimento de acidentes por animais peçonhentos no estado é o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), com funcionamento 24 horas, pelo telefone 0800 643 5252.

 

O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTES
-Manter a vítima calma e deitada;
-Evitar que a vítima se movimente para não favorecer a absorção do veneno;
-Localizar a marca da mordedura e limpar o local com água e sabão;
-Cobrir com um pano limpo;
-Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear (apertar a circulação), em caso de inchaço do membro afetado;
-Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento necessário;
-Se possível, levar uma foto do animal ou apresentar o máximo de características possíveis para que ele seja identificado e para que a vítima receba o soro específico.

 

COMO EVITAR ACIDENTES
-Usar botas: isto evita até 80% dos acidentes durante o corte de vegetação, por exemplo, pois as cobras picam do joelho para baixo. Porém, antes de calçar as botas, verifique se não há aranhas, escorpiões ou outros animais peçonhentos na parte interna.
-Proteger as mãos: não coloque as mãos em frestas, tocas, cupinzeiros, ocos de troncos, etc. Use um pedaço de madeira para verificar se não há animais nesses locais.
-Acabar com os ratos: a maioria das cobras alimenta-se de roedores. Por isso, mantenha sempre limpos os terrenos, quintais e plantações evita atrair esses predadores.
-Conservar o meio ambiente: os desmatamentos e queimadas, além de destruírem a natureza, provocam mudanças de hábitos dos animais, que se refugiam em celeiros ou mesmo dentro de casas. Evite matar os animais, pois eles contribuem para o equilíbrio ecológico.

 

 

Informações adicionais para a imprensa:
Amanda Mariano / Bruna Matos / Patrícia Pozzo
NUCOM - Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive)
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