A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, realizou nos dias 22 e 23 de novembro, o 2º Simpósio Catarinense de Imunização. A abertura do evento teve a participação do Secretário Adjunto de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva; do Assessor Técnico do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde (MS), Thiago Fernandes da Costa; do Zé Gotinha; do Superintendente do Ministério da Saúde em Santa Catarina, Sylvio da Costa Júnior; e do Diretor de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, João Augusto Brancher Fuck.
O secretário Diogo Demarchi agradeceu a presença de todos os trabalhadores da saúde no evento e reforçou que o desafio de elevar as coberturas vacinais no estado é um trabalho conjunto e que cada um tem papel fundamental nesse processo. “Para que toda essa engrenagem funcione, precisamos de todos engajados e debates como os promovidos por esse Simpósio são importantes para que possamos entregar os melhores serviços para a população. Queremos coordenar esse movimento de recuperação das coberturas vacinais dialogando, construindo juntos”, finalizou.
O Assessor Técnico do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do MS, Thiago Fernandes da Costa, compartilhou da mesma opinião. Para ele, a vacinação é um tema que precisa ser recorrentemente debatido e a queda das coberturas vacinais não é um problema só do Ministério da Saúde ou do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e, portanto, precisa da participação de todos para a recuperação. “O PNI entende que não tem como fazer uma ação efetiva sem estar próximo dos estados e municípios. Então, o movimento este ano foi de aproximação, para entender melhor as dificuldades. Para fazer uma política pública mais concisa, de aproximação. A gente entende que só vai conseguir avançar na vacinação se a gente fizer um trabalho conjunto, realizado com estados e municípios e foi assim que nasceu a estratégia desse ano, de microplanejamento. De adequar as ações de acordo com a realidade de cada local”, ressaltou Costa.
Para o diretor da DIVE, João Augusto Brancher Fuck, a elevação das coberturas vacinais é uma ação prioritária. “Viemos agora de uma grande e recente Campanha de Vacinação, a da Covid-19, que nos possibilitou reduzir o número de casos graves e mortes pela doença e é importante reconhecer o empenho de todos nessa ação, mas ainda restam desafios importantes. O Simpósio é uma oportunidade para isso, para qualificar o processo de imunização e, consequentemente, elevar as coberturas vacinais.”, destacou.
O 2º Simpósio Catarinense de Imunização também contou com a participação de diversas autoridades referência em imunização que abordaram temas como a importância da vacinação e do Programa Nacional de Imunizações; as estratégias para melhorar as coberturas vacinais; a segurança e a efetividades das vacinas; as implicações da recusa da vacinação em crianças e adolescentes; a importância de uma comunicação eficaz no combater a desinformação; entre outros.
O médico pediatra Renato de Ávila Kfouri enfatizou em sua fala que o estado de Santa Catarina sempre foi referência na vacinação, com altas coberturas vacinais, e reforçou a importância de manter coberturas elevadas. “Cobertura vacinal elevada resulta em controle de doenças. No caso do sarampo, a circulação do vírus foi eliminada no Brasil em 2016, mas depois, com as baixas coberturas vacinais, nós reintroduzidos o sarampo no país. Isso mostra o esforço que precisamos fazer, mesmo com a doença eliminada, para não voltar a ter casos”, ressaltou o médico.
Os municípios de Peritiba, Criciúma, Presidente Getúlio, Fraiburgo, Tubarão e Xanxerê inscritos previamente e selecionados por uma banca avaliadora também tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos de experiências exitosas na área da imunização com enfoque nas estratégias utilizadas para o aumento das coberturas vacinais.
A gerente de imunização da DIVE, Arieli Schiessl Fialho, aproveitou a sua fala durante o 2º Simpósio para parabenizar e agradecer o empenho das equipes municipais nas Campanhas de Vacinação, em especial na última Campanha de Multivacinação. “A gente viu os resultados, a adesão positiva. Algo que nos chamou a atenção foi quando fomos olhar os dados finais e vimos que 71% das crianças menores de um ano estavam com vacinas em atraso”, finalizou a gerente.
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