Devido ao aumento do número de hospitalizações por gripe em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) decidiram pela liberação da vacina contra a doença para toda a população catarinense acima de seis meses de idade. Com a ampliação do público, não é mais preciso estar em um dos grupos prioritários para ser vacinado, basta procurar uma unidade de saúde a partir desta sexta, 12.
A liberação da dose para toda a população de Santa Catarina foi pactuada com os municípios catarinenses, por meio do Cosems, tendo em vista o cenário da doença no estado. “Neste período de início da sazonalidade dos vírus respiratórios, superlotação nas emergências e leitos de internação, decidimos, em caráter excepcional, pela ampliação da população contemplada na Campanha de Vacinação contra a influenza, a fim de proteger o maior número de catarinenses da doença”, destaca a Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.
Mesmo com a ampliação do público-alvo, a gerente de doenças infecciosas agudas e imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), Arieli Schiessl Fialho, esclarece que é de extrema importância que aquelas pessoas que fazem parte de um dos grupos prioritários, que são as pessoas mais vulneráveis e que correm risco de evoluir para formas graves da doença, garantam a dose da vacina.
“A vacina é ofertada primeiramente para essas pessoas como idosos, crianças, gestantes, porque as chances de elas serem hospitalizadas e até mesmo morrerem em decorrência da gripe são bem maiores do que para o restante da população, que normalmente se recupera em alguns dias, sem grande prejuízo à saúde”, explica a gerente de imunização.
A vacina contra a gripe oferecida na rede pública de saúde é gratuita e protege contra três subtipos do vírus influenza: H1N1, H3N2 e influenza B, que são os que mais circulam. Ela pode ser aplicada junto com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, inclusive a da Covid-19.
Influenza em Santa Catarina
De acordo com o último boletim epidemiológico da influenza divulgado pela DIVE, este ano foram confirmados 245 casos de internação pela doença no estado. Destes, 12 resultaram em morte, sendo que a maior parte foi em pessoas mais vulneráveis como crianças (3 casos) e idosos com 60 anos ou mais (5 casos).
A gripe é uma infecção viral, bastante transmissível, que afeta o sistema respiratório. Pessoas infectadas com o vírus influenza podem ter desde sintomas leves a sintomas graves, que necessitam de internação e podem levar à morte.
Os sintomas mais comuns são febre, dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse. Pessoas mais vulneráveis, especialmente aquelas com doenças crônicas, idosos, crianças, podem desenvolver quadros de pneumonia, sinusite, otite e desidratação.
A vacinação é uma das medidas mais eficazes para prevenir o agravamento do quadro, evitando hospitalizações e mortes. Além da vacinação, outras medidas devem ser adotadas para reduzir a transmissão do vírus, como:
- Lavar as mãos com frequência;
- Utilizar lenço descartável ou o antebraço ao tossir ou espirrar;
- Evitar tocar olhos, nariz e boca;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
- Evitar sair de casa em caso de sintomas respiratórios;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados;
- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
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Amanda Mariano / Bruna Matos / Patrícia Pozzo
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