Hospitalizações por gripe têm aumento no estado e Saúde alerta para a importância da vacinação

Os casos de gripe que evoluíram para gravidade, sendo necessário hospitalização, tiveram um aumento de 56% no ano de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado. Este ano, foram notificados 245 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza até o início do mês de maio, enquanto no mesmo período do ano passado foram 157.

Os dados de 2023 estão no boletim epidemiológico da influenza divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC). Acesse aqui.

A faixa etária com mais casos de SRAG por influenza é a de idosos com 60 anos ou mais (25,7%), mas há casos graves notificados em todas as idades. Com relação aos óbitos, este ano foram 12 contra 28 registrados no mesmo período de 2022, mas o que preocupa a Secretaria de Estado da Saúde é a faixa etária.

Dos 12 óbitos, três foram em crianças com até um ano de idade, outros cinco foram em idosos com 60 anos ou mais, ou seja, público que está no grupo prioritário da Campanha de Vacinação contra a doença, mas que não está procurando a dose da vacina.

Levando em considerando esses dados e a circulação de outros vírus respiratórios, além do influenza, como o coronavírus e o vírus sincicial respiratório (VRS), a DIVE emitiu uma nota de alerta orientando a população sobre a importância da vacinação, do diagnóstico precoce, especialmente em crianças, e de outras medidas de prevenção para evitar casos graves.

Vacinação contra a gripe

De acordo com o Painel de Vacinação da influenza, do Ministério da Saúde, até esta quinta, 11, passado um mês do início da Campanha de Vacinação, apenas 37% dos idosos com 60 anos ou mais tomaram a dose da vacina contra a gripe. Nas crianças, o percentual é ainda menor, somente 19% das crianças com idade entre 6 meses e 5 anos estão vacinadas. A meta de vacinação é de 90% para cada um dos grupos.

O diretor de Vigilância Epidemiológica, João Augusto Brancher Fuck, vê esses dados com preocupação. “Nós já estamos no período de sazonalidade da doença e agora a tendência é registrar cada vez mais casos de gripe, o que é normal para a época do ano, mas nós podemos evitar que esses casos evoluam para gravidade com a vacinação. Então, o nosso apelo é para que a população dos grupos prioritários procure uma unidade de saúde para fazer a vacina contra a gripe”, ressalta o diretor.

A Campanha de Vacinação contra a gripe para os grupos prioritários começou no dia 10 de abril e segue até o dia 31 de maio. No último dia 6 foi realizado o dia D de vacinação em 206 municípios catarinenses, as demais cidades optaram por realizar a mobilização em outras datas. Ainda assim, a cobertura vacinal está bem abaixo do esperado, com um total de 30%.

Confira os grupos prioritários para vacinação:

- crianças de 6 meses a 5 anos de idade;
- trabalhadores da saúde;
- gestantes e mães até 45 dias após o parto;
- idosos com 60 anos ou mais;
- professores de escolas públicas e privadas;
- povos indígenas;
- pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
- pessoas com deficiência permanente;
- profissionais das forças de segurança e salvamento e das forças armadas;
- caminhoneiros;
- trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
- trabalhadores portuários;
- funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

Informações adicionais para a imprensa:
Amanda Mariano / Bruna Matos / Patrícia Pozzo
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