A Secretaria de Estado da Saúde (SES) recebeu nessa semana a visita técnica do Ministério da Saúde (MS) para discutir ações estratégicas de enfrentamento às arboviroses, em especial à dengue. A programação começou na segunda-feira, 03, e se estendeu até a tarde de hoje, 05.
Durante a segunda-feira, os técnicos foram apresentados ao cenário estadual e às ações já desenvolvidas pela Saúde. Na terça e quarta-feira os profissionais fizeram visitas técnicas a alguns hospitais, postos de saúde e UPAs, na região da Grande Florianópolis e em Joinville, no norte do estado. Duas regiões que concentram a maioria dos casos de dengue do estado.
“O objetivo do encontro é fortalecer as ações integradas entre estado, município e União. Nós temos que ter unidade na conduta, nas três esferas. Faremos o necessário para atender os nossos pacientes revendo protocolos e trabalhando na ampliação dos serviços de atendimento e estamos prontos para auxiliar os municípios financeiramente de forma imediata. Devemos estar todos de mãos dadas para esse enfrentamento”, destaca Carmen Zanotto, secretária de Estado da Saúde.
Para o Superintendente de Vigilância em Saúde , Fábio Gaudenzi, o encontro reforçou a importância do manejo clínico da dengue. “É necessário o atendimento oportuno dos casos suspeitos da doença. A classificação desse paciente e o correto encaminhamento na rede de saúde. A dengue é uma doença grave e requer esse alinhamento na assistência”, pontua o médico infectologista.
Para isso, o governo do estado já publicou uma portaria que libera R$ 10 milhões para os municípios ampliarem o horário de atendimento em postos de saúde e aumentar as equipes de atendimento nas emergências e urgências.
Confira aqui a portaria.
Outro ponto que precisa de atenção da população é sobre o tratamento da dengue. “A hidratação é extremamente importante. Se a pessoa apresentar sinais e sintomas da doença, já deve ingerir uma quantidade significativa de líquidos. Um adulto de 60 quilos precisa de três litros e meio de líquido por dia, por exemplo”, alerta Gaudenzi.
Além do manejo clínico, a vigilância das arboviroses também foi pauta da visita do MS. “Precisamos sempre lembrar que eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti continua sendo a melhor estratégia para prevenir a dengue”, afirma o diretor de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), João Augusto Brancher Fuck.
Os técnicos do MS que estiveram em SC fazem parte do Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE-Arboviroses) nacional e estão visitando mais estados para troca de experiências, aproximação e sugestões para melhorias nos sistemas de saúde.
Cenário da dengue em SC
De acordo com o último informe epidemiológico, divulgado em 04 de abril, o estado já registra mais de 27 mil focos do mosquito Aedes aegypti, em 221 municípios. Já foram confirmados 8.416 casos de dengue. Quatro municípios estão em situação de epidemia de dengue: Palhoça, Joinville, União do Oeste e Saudades. Isso significa que nessas cidades a taxa de incidência da doença já ultrapassa 300 casos por 100 mil habitantes nessas cidades.
Sete óbitos de dengue já foram confirmados (Palhoça (02), Florianópolis, Joinville (02), Araquari e Coronel Freitas). E outros três seguem em investigação.
Confira aqui o informe completo.
Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos. Ao apresentar sinais e sintomas, deve-se procurar atendimento em um serviço de saúde.
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Amanda Mariano / Bruna Matos / Patrícia Pozzo
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