Os municípios de Brusque, Blumenau, Criciúma e Itajaí receberam na última quarta, 7, em cerimônia realizada em Brasília/DF, a certificação de eliminação da transmissão vertical do vírus HIV. A transmissão vertical é a passagem do vírus da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação. Essa é a primeira vez que cidades catarinenses são contempladas.
"Esse é um trabalho de imensa importância e que conta com a dedicação de diversos profissionais. Parabenizamos os municípios por essa importante conquista e esperamos que essa meta seja conquistada por outros tantos", afirma o secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto.
Para obter a certificação, os municípios precisavam ter mais de 100 mil habitantes e cumprir uma série de critérios estabelecidos no Guia de Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis, em consonância com a Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre os critérios estavam o alcance e a manutenção de taxas de incidência, proporção anual de crianças infectadas pelo HIV, cobertura mínima de quatro consultas no pré-natal, cobertura de gestantes com pelo menos um teste para HIV no pré-natal, cobertura de gestantes vivendo com HIV em uso de terapia antirretroviral adequada.
“Essa é uma ação que já vem sendo desenvolvida em parceria com os municípios há algum tempo, porque o nosso objetivo sempre foi buscar essa eliminação. A certificação que alcançamos nesses quatro municípios mostra que é possível eliminarmos a transmissão do HIV de forma congênita”, assinala Regina Valim, médica infectologista e gerente de IST, HIV/Aids e doenças infecciosas crônicas da DIVE/SC.
De acordo com o Ministério da Saúde, a certificação é uma estratégia desenvolvida em parceria com estados e municípios para fortalecer a gestão e a rede de atenção do SUS, aprimorando ações de prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento das gestantes, parcerias sexuais e crianças, além da qualificação da vigilância epidemiológica.
A transmissão vertical do HIV ocorre quando a mãe, grávida, vivendo com HIV/Aids não realiza o tratamento de forma adequada e passa o vírus para o bebê. Para evitar casos de transmissão vertical é importante que as gestantes e suas parcerias sexuais sejam testadas durante o pré-natal e que se repita o teste na mãe na hora do parto. Em caso de resultado positivo, o tratamento evita que os bebês sejam infectados com o vírus. Para essas mães, a amamentação não é recomendada.
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