Centro Integrado de Enfrentamento à dengue define ações para a próxima semana

A reunião do Centro Integrado de Enfrentamento à Dengue que ocorreu nessa terça-feira, 5 de abril, definiu uma série de ações para prevenção da doença no Oeste do estado.

Participaram do encontro dessa semana diversos setores do governo do estado e também autoridades e representantes dos municípios: Coordenadores da Comissão Intergestores Regional (CIR) Oeste, Extremo Oeste e Xanxerê; Gerentes Regionais de Saúde e equipes técnicas das Gerências de São Miguel do Oeste, Chapecó, Xanxerê e Concórdia; Defesa Civil; Gerência Regional de Educação; representantes dos municípios de Chapecó e Concórdia; Corpo de Bombeiros; Rotary, e, representantes dos hospitais de Xanxerê e Chapecó.

Além disso, na quarta-feira, 6 de abril, foi realizada uma reunião com o Secretário de Estado da Saúde em Chapecó, com os Prefeitos e Secretários Municipais de Saúde dos municípios em condição de epidemia, para pactuação das ações a serem intensificadas pelos municípios, que envolvem o controle vetorial, o manejo clínico e a vigilância dos casos suspeitos.

"É de fundamental importância neste momento a adoção de medidas preventivas para estancar a proliferação do vetor, por isso a criação de salas de situação e a recomendação de decreto de situação de emergência nos municípios que se encontram em epidemia. Além disso, é preciso construir uma força-tarefa robusta na contenção da dengue no estado", destaca o secretário de Estado da Saúde interino, Alexandre Lencina Fagundes.

A partir de agora, os integrantes do Centro Integrado se reunirão semanalmente. Ficou pactuado que os municípios serão responsáveis por implementar e operacionalizar as ações pactuadas, reportando os dados e as dificuldades para o Centro Integrado. "O principal objetivo neste momento é diminuir a velocidade da transmissão e evitar mais óbitos por dengue”, explica João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.

Cenário epidemiológico
Desde o início do ano, SC vem registrando um aumento expressivo nos casos de dengue. Semanalmente (todas as sextas-feiras), um boletim epidemiológico é divulgado pela DIVE/SC, apresentando o cenário estadual da doença.

“Os dados do boletim epidemiológico utilizam as informações oficiais inseridas no sistema de informação. Assim, é importante que os municípios insiram nesse sistema os dados dos casos suspeitos e confirmados. Até agora, SC já registra 16 municípios em epidemia de dengue e a transmissão da doença é registrada em 51 municípios do estado”, alerta Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE/SC.

Foram registrados até agora 5.478 casos de dengue no estado, sendo que 4.156 (76%) são autóctones, ou seja, a infecção ocorreu no território catarinense.

No total, já foram confirmados oito óbitos pela doença e nove permanecem em investigação pelas Secretarias Municipais de Saúde, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde.

Os oito óbitos por dengue confirmados no ano de 2022 residiam nos municípios de:
- Criciúma (01 - importado)
- Brusque (01)
- Caibi (01)
- Chapecó (02)
- Itá (01)
- Romelândia (01)
- Xanxerê (01)

Os nove casos em investigação residiam nos municípios de:
- Ascurra (01)
- Blumenau (01)
- Chapecó (01)
- Guaraciaba (01)
- Joinville (01)
- Maravilha (01)
- Palmitos (01)
- Seara (02)

Sinais e sintomas
A transmissão da dengue acontece durante a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com vírus. Após a picada, os sintomas podem surgir entre quatro e 10 dias.

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

Ao apresentar sinais e sintomas deve-se procurar atendimento médico para evitar o agravamento do quadro.

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Informações adicionais para a imprensa:
Amanda Mariano / Bruna Matos / Patrícia Pozzo
NUCOM - Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive)
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