O ano de 2020 encerrou com 7.567 milhões de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil e 192.792 mil mortes ocorreram pela doença. Entre as Unidades da Federação o estado de Santa Catarina ocupa a 4ª posição entre os estados com a maior taxa de incidência do país (6.782 casos/100 mil hab.), com menos casos por 100.000 apenas que os estados de Roraima, Distrito Federal e Amapá. Além disso, é o quarto estado com o maior número de casos absolutos do país atrás somente do estado de São Paulo, Minas Gerais e o Estado da Bahia.
O estado de Santa Catarina registrou no dia 29 de dezembro 485.935 mil infectados pelo coronavírus desde o início da pandemia. Deste total, 475.921 são de pessoas que residem no Estado. Todos os 295 municípios de Santa Catarina têm pelo menos um caso de infecção pelo vírus e 259 municípios notificaram pelo menos um óbito pela doença. Com a nova atualização, a taxa de incidência de residentes no estado atingiu 6.642 casos/100 mil habitantes e os óbitos contabilizados entre os residentes em Santa Catarina somam 5.161, com uma taxa de mortalidade de 72,03 casos/100 mil habitantes. Até o momento o maior número de casos confirmados, segundo o mês de ocorrência, foi em novembro com 132.195 casos e uma média de 4.406,5 casos/ dia, representando praticamente 30% do total de casos já contabilizados. Percebe-se, que os meses subsequentes a julho apresentaram quedas nos indicadores, no mês de agosto, por exemplo, a queda foi de praticamente 50% dos casos em relação à julho e em setembro foi observado novamente uma redução do número de casos. No entanto, nas últimas semanas o estado tem apresentado um aumento expressivo e constante no número de casos, refletindo no aumento dos indicadores de outubro, novembro e dezembro. Esses dados são preocupantes e demonstram uma nova ascensão da transmissão do vírus e entre as hipóteses que explicam estes aumentos destaca-se o relaxamento com as medidas de distanciamento social e demais medidas preventivas previstas nos protocolos.
Os grupos mais acometidos pela infecção da COVID-19 mantem-se a faixa etária de 30 a 39 anos representando 25,0% do total do Estado, seguido pelas pessoas com idades entre de 20 a 29 anos com 20,9%. As duas faixas etárias são responsáveis por 46% dos casos e por consequência este é o grupo que tem o maior potencial de transmissibilidade em comparação as outras faixas etárias. O percentual de óbitos nesta faixa etária é de 2,0% e 0,8%, respectivamente. Ao analisar os grupos que compõem as faixas etárias mais avançadas, observase que o percentual de infectados é muito mais baixo e o percentual de óbitos e a taxa de letalidade são bastante elevados. Na faixa etária entre 80 e 89 anos os infectados representam 1,2% do total de casos de COVID-19, porém a proporção de óbitos é de 21,3%, e uma taxa de letalidade de 18,5%. De forma similar ocorre nas faixas de idade de 70 a 79 anos e em indivíduos com mais de 90 anos, os indivíduos entre 70 e 79 apresentam a maior proporção de óbitos entre todas as faixas etárias com 27,3%. Em relação ao sexo, dentre as pessoas infectadas as mulheres apresentam um percentual maior que os homens, representando 51,1% do total de casos registrados, percentuais que variaram muito pouco ao longo de toda epidemia, demonstrando uma equiparidade entre os sexos quando se trata da chance de infecção
Até o término da SE 53, houve um total de 5.161 óbitos por COVID-19, uma taxa de mortalidade de 72,03 casos/100 mil hab. e uma letalidade de 1,08%. O mês de dezembro apresentou o maior número de óbitos até o momento totalizando 1.295 mortes, o que representa um quarto de todos os óbitos até o momento, em média morreram 42 pessoas por dia no Estado no referido período. Da mesma forma que no número de casos, observamos também uma queda dos indicadores de mortalidade em setembro e outubro e uma crescimento em novembro e dezembro. Os gráficos 10 e 11 mostram a distribuição por semana epidemiológica, a semana epidemiológica 31 encerrou em 313 óbitos (em média 43 óbitos/ dia) e na SE 32 foram registrados 278 óbitos (em média 39 óbitos/dia), que foi o primeiro pico de mortes registradas no Estado. A partir da SE 32 até a SE 42 observa-se uma queda gradual no número de óbitos computados no estado, nas semanas subsequentes este indicador voltou a apresentar crescimento, sendo que entre as SE 47 e 50 o incremento foi de 119% no número de óbitos Com este novo panorama nos registros de óbitos a SE 50 apresentou o maior número de mortes em uma semana. É provável que com o aumento no número de casos em outubro e novembro ocorra um significativo aumento no número de óbitos nas próximas semanas no Estado.